segunda-feira, 30 de julho de 2012

Suco de Melão com Maracujá e Ervas

Esse suco é extremamente mágico! Além de ser muito gostoso e revigorante, ele possui inúmeras propriedades: é calmante, digestivo, diurético, antioxidante, fortalecedor do sistema imunológico e até afrodisíaco!
Não tirei foto porque ele fica com uma cor meio marrom estranha. Caso você prefira ele bem verdinho, troque o chá de hibisco por outro chá de coloração verde da sua preferência, atentando às propriedades de cada erva. Não vá misturar chá verde, por exemplo, pois ele possui cafeína e atrapalha a função calmante desse suco.

Você vai precisar de:
500ml de chá de hibisco puro
2 fatias de melão picado
Suco de 1 maracujá
1 punhado de capim-cidreira picado
1 raminho de alecrim
1 pedaço de gengibre fresco (não maior que a falange distal do seu dedo)

Como proceder:
Bata tudo no liquidificador por 3 minutos, coe e adoce a gosto.

Obs.: se o maracujá estiver muito ácido, você pode acrescentar na receita 1 colher de café de açúcar.

Rendimento: 2 porções grandes, de 250-300 ml cada.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Purê de Abobrinha

Uma receita muito simples e que pode ser usada pra vários fins... Como recheio de massas, mistura para sopa, purê ou pirão, para misturar com carne ou PTS moída, como papinha para bebês... Use a imaginação! Lembre-se que essa é uma receita "base", que deve ser incrementada de acordo com seu gosto e disponibilidade de ingredientes.
Uma boa dica para esta receita é fazer um pirão de abobrinha.

Você vai precisar de:
1 abobrinha grande descascada*
100 ml de água
Sal e temperos a gosto (sugestões: pimenta do reino preta, curry, alho frito, salsa fresca)

Como proceder:
Numa panela de pressão, coloque a água, adicione a abobrinha picada, salgue e tampe.
Leve para cozinhar por 10-15 minutos depois de pegar pressão.
Ao retirar a abobrinha da pressão, verifique se ela está bem cozida. Ela deve estar bem mole para virar purê.
Amasse com um garfo ou amassador de batata, desprezando a água que sobrar*.
Tempere bem, e, se quiser, sirva com manteiga.

Obs.: se você não tiver uma panela de pressão, você pode usar uma panela comum, mas ela vai levar um pouco mais de tempo para cozinhar a abobrinha até amolecer.

*guarde estes ingredientes, você pode usá-los posteriormente em uma sopa, por exemplo.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Salada de Cenoura Agridoce

Para temperar esta salada, você vai precisar do molho de mostarda e mel.
Existem duas (ou mais) formas de preparar a cenoura: com um grill ou uma panela/frigideira.
Para ambos os casos, a técnica é a mesma. Você vai fazer um saquinho de papel alumínio e cozinhar indiretamente a cenoura. Dessa forma ela preserva os nutrientes, a cor e o sabor mais incríveis! E o melhor é que você suja quase nada de louça! =P



Você vai precisar de:
3 cenouras médias descascadas
Azeite
Sal, pimenta, ervas secas a gosto
Pedaços de canela de java
2 folhas de papel alumínio

Como proceder:
Corte as cenouras em 3 partes iguais, e corte cada uma delas em palitos, como french fries. Reserve.
Sobre um prato, abra as duas folhas de alumínio, uma sobre a outra.
Ajuste as folhas no fundo do prato, para não vazar nada, e coloque um fio de azeite, um pouco de sal e dos temperos que você vai utilizar.
Coloque as cenouras picadas, sem água.
Sobre elas repita o procedimento com o sal, azeite e temperos. Coloque no meio delas os pedaços de canela aleatoriamente.
Se quiser, dê uma misturada com cuidado, para não rasgar ou furar o papel alumínio.

Feche as folhas de papel alumínio, fazendo um papelote ou trouxinha. Certifique-se de que não fique nenhuma área descoberta ou que possa vazar. Coloque sobre as cenouras, dentro do papelote, um pouquinho de água (2 colheres de sopa no máximo). Feche bem o papelote.
Leve então ao seu grill em temperatura média por mais ou menos 10 minutos.
Se for usar panela/frigideira, coloque 1 dedo de água no fundo dela, aqueça a água antes e só depois coloque o papelote de alumínio. Cuidado para a água externa não entrar dentro do pacotinho.
Tampe a panela e aumente o fogo. Deixe cozinhar em fogo alto por mais ou menos 5 minutos, e quando ela estiver freneticamente borbulhante, abaixe bem o fogo e deixe cozinhar por 15-20 minutos.
Em ambos os casos, deixe o papelote esfriar ainda dentro do gril/panela/frigideira.
Quando estiver frio, retire as cenouras do pacote, separe os pedaços de canela.
Coloque as cenouras em uma tigela, tempere com 4-5 colheres (sopa) do molho de mostarda e mel e sirva (ou deixe na geladeira antes de servir).

Dica: quanto mais tempo a cenoura ficar marinando no tempero, melhor fica!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Sopa de Grãos de Soja Preta com Verduras


Eu sei que parece nome de prato mal traduzido em cardápio de restaurante chinês, mas releve.
É mais uma daquelas que surgem de surpresa... ao final de uma história de improviso.
Eu estava em um momento de dieta com mínimo de carboidratos possível, e naquela loucura de se desdobrar em 10 pra criar algo pra um jantar - num dia frio - sem batatas, farinhas, massa ou coisa do gênero, cheguei nessa sopa. Ela se assemelha bastante a uma sopa de feijão de avó, mas optei por fazê-la mais rala e com verduras ao invés de legumes, e sem macarrão, claro.
As medidas são aproximadas. Como eu queria algo exótico, me joguei nos condimentos improváveis, mas se quiser você pode excluí-los ou substituí-los por outras coisas.

Você vai precisar de:
1 xícara de soja preta em grãos
Cravo-da-Índia e canela em pau
Aveia em flocos
Verduras: alface, acelga, repolho, couve
Cebola picada em tiras
Tomate e pimentão sem sementes
Cebolinha
PTS miúda sabor bacon e sabor cebola

Como proceder:
Primeiro, cozinhei por aproximadamente 20 minutos na pressão a soja com água, um pouco de sal, uns 2 cravinhos da Índia e uns pedacinhos de canela. Escorri (guardando o caldo), e separei em duas partes, sendo que uma congelei para uso posterior (fiz um kibe de forno).
A primeira metade dos grãos, juntei o caldo do cozimento e mais aproximadamente 1/2 litro de caldo de legumes (do cozimento de batatas e cenouras com alecrim) e bati no liquidificador, juntando 1 colher de sopa de aveia.
O caldo da sopa está pronto, apenas tempere e acerte o sal (caprichei no tempero baiano e na pimenta do reino). Não é preciso peneirar.
Coloquei as PTS e deixei hidratando no caldo enquanto fervia um pouco.
Como eu tinha do almoço uma verdurada pronta (com acelga, alface, repolho, couve, cebola, tomate, pimentão, cebolinha, alho e shoyu), apenas adicionei ao caldo e desliguei o fogo.
Se você for colocar as verduras frescas e o tomate, a cebola, o pimentão e a cebolinha, adicione-os, abafe com a tampa da panela, deixe o caldo fervendo até eles murcharem e reduzirem, cozinhe por mais uns 5 minutos e desligue.
Na hora de servir, coloquei no prato uns cubinhos de queijo branco, combinou muito bem!

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Bolo de milho salgado

A época de festa junina já passou... mas eu ADORO festa junina! Tem coisa melhor que muito milho, gengibre, cravo, canela, queijo... em quase tudo? Pra mim, esta é a melhor época do ano! E poderia ser o ano todo, né?
Esse bolo tem aparência e textura bem parecidas com a sua versão doce. Que tal fazer um de cada? Olha a overdose de milho aí, gente!
Esse bolo também fica ótimo recheado, uma dica é colocar cubinhos de queijo (e, se você gostar, presunto, linguiça, bacon... não é meu caso, hehe) na massa.
Essa receita rende um bolinho tipo inglês, então se for fazer uma super festa pra muita gente, dobre ou triplique a receita!



Você vai precisar de:

1 xícara (chá) de milho verde enlatado escorrido
1 xícara (chá) de farinha de milho (usei sêmola de milho e deu certo)
1/2 de xícara (chá) de óleo
1/2 xícara (chá) de queijo ralado
1 colher de sopa de farinha de linhaça (hidrate em 2 colheres de água)
1 colher de sopa de fermento em pó
1 ovo
Sal a gosto
Para temperar, sugestões: salsa e/ou hortelã desidratada, alho em flocos, curry, cravo em pó, pimenta do reino... (só não exagere para o sabor do milho não sumir)



Como proceder:
Bata no liquidificador o milho, o óleo, a linhaça hidratada e o ovo até perceber que já não resta mais pedaços de milho. Transfira a mistura para uma vasilha, adicione a farinha de milho, o queijo ralado, o sal e os temperos que preferir.
Bata manualmente com um fouet até encorporar tudo.
Acrescente o fermento, mexa delicadamente até misturar bem.
Leve a mistura ao forno médio em uma forma untada e enfarinhada (com a farinha de milho). Se quiser, salpique a massa com gergelim, alho em flocos ou orégano.
O tempo pode variar entre 30-45 minutos, dependendo do seu forno (no meu, por exemplo, a temperatura "média" é de 220°C, enquanto em outros é 180°C). Acompanhe a evolução e faça o teste do palito antes de retirar o bolo do forno.
Sirva quente com manteiga ou requeijão, que derretem sobre o pedaço de bolo. A textura dele ficou ideal também pra transformá-lo num lanchinho!


Fiz um sanduíche com queijo cheddar e grelhei

terça-feira, 17 de julho de 2012

Chocolate Quente com Linhaça

Mas por que linhaça? OH GOOOOD WHYYY???
Ah, porque eu achei que seria mais saudável que usar amido de milho pra engrossar. Fim.


Você vai precisar de:
1 caneca de leite (aproximadamente 300ml*)
4 colheres (chá) chocolate em pó (usei Ovomaltine)
3 colheres (chá) de mistura para cappuccino em pó
1 colher (sopa) de farinha de linhaça
1/2 colher (chá) de gengibre em pó
Pedacinhos de canela javanesa (pode ser outra)
Chocolate ao leite ralado a gosto (opcional)
Açúcar mascavo para adoçar (opcional)
1 colher (sopa) de cachaça envelhecida ou licor de sua preferência (opcional)

Como proceder:
Numa panela, coloque o leite frio, a linhaça, o gengibre em pó, a canela em pedaços, o chocolate em pó e o cappuccino em pó. Misture tudo até ficar bem dissolvido e acenda o fogo.
Misture em fogo bem baixo até começar a engrossar.
Adicione o chocolate ralado, se for usar, e só depois adoce, se achar necessário**.
A farinha de linhaça deixa "pedacinhos" da semente na bebida, mas como elas ficam "escorregadias", eu até gosto da sensação. Dá uma textura diferente. Mas se você não gostar, passe a bebida por uma peneira (assim você exclui também os pedaços de canela).
No fundo de uma caneca de cerâmica coloque a bebida alcoólica, se for usar, e complete com o chocolate quente.
Se quiser, salpique com canela em pó, aguarde uns 5 minutos (fica muuuito quente) e sirva.

Rende 1 porção.

* Use a própria caneca que você irá servir o chocolate quente para medir, assim você não faz nem mais nem menos do que o necessário.
**Atente às proporções de açúcar que você tem nos ingredientes, e suas variações, por exemplo: se usar achocolatado (ou Ovomaltine) ao invés de chocolate/cacau em pó, adoce menos. Se o seu cappuccino em pó  não tiver açúcar, adoce mais, e por aí vai. Preste atenção também no chocolate ralado, pois sendo ao leite, amargo, meio amargo ou branco, pede diferentes quantidades de açúcar ou adoçante. Atenção também à bebida alcoólica: se não for um destilado puro (como cachaça, vodka, rum) mas sim um licor, que tem açúcar na composição, você deve pensar em deixar a bebida menos doce para que, ao final, ela não fique enjoativa.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Alface refogada com molho de alga

Bom, não me perguntem como eu cheguei nisso. Eu sei que foi uma estonteante surpresa o resultado.
Passei nesse site de um restaurante chinês e vi, entre milhares de coisas estranhas, uma entrada que consistia em "alface refogado com molho de ostra", e achei que seria uma finalidade excelente para os 2 pés de alface americana que eu tinha na geladeira pedindo para serem lembrados nesse frio. Parece bastante aprazível, não? E é mesmo.



A minha receita me surpreendeu muito, e não só pelo sabor divino, mas pela facilidade do preparo. O molho - que não é de ostras - vai sobrar (é bem difícil fazer uma quantidade menor), então você pode guardar na geladeira pronto por umas 2 semanas, e da próxima vez que fizer esse prato, ele ficará pronto em 10 minutos!

Além de rápida, essa receita é vegana e possui poucas calorias e carboidratos. Para um prato mais elaborado, você pode acrescentar ao molho cebolas e alguns cogumelos orientais, como shimeji e shitake, que com certeza combinarão muito bem com a receita.
Ah, tenha em casa gergelins preto e branco tostados e bacon de soja, pois eles não só decoram o prato, mas também adicionam um sabor e textura indispensáveis.


Você vai precisar de:


Para o refogado
1 pé de alface americana picada em pedaços grandes e irregulares (não fica muito legal picar muito fininho)
Alho "pronto" a gosto (usei 1 colher de sopa, pois sou meio garlic addicted e estava sem alho fresco)
2 colheres (sopa) de óleo de gergelim ou azeite
Pimenta do reino a gosto

Para o molho
1/2 xícara (chá) de molho shoyu light
1 xícara (chá) de água
1/2 folha de alga nori (de fazer sushi/temaki) picada
1 colher (sopa) de amido de milho
1 colher (sopa) de melado de açúcar ou mel (dependendo da sua dieta)
Pedaço de gengibre ralado
Wasabi, pimenta do reino e Aji-no-moto a gosto
Mix de gergelins torrados e PTS sabor bacon* para salpicar sobre o prato


Como proceder:
Prepare o molho primeiro, dessa forma a alface não murcha enquanto você o prepara e fica mais fresca na hora de servir.


Molho
Numa panela larga (tipo frigideira, para cozinhar mais rápido), coloque todos os ingredientes antes de acender o fogo. Misture bem.
Com o fogo alto, misture até as algas começarem a derreter, e abaixe o fogo no mínimo.
Neste ponto a alga vai começar a exalar um forte cheiro de mar, mas não se preocupe pois o gosto fica bem suave, apesar disso.
Misture constantemente, sem parar de mexer, até o molho reduzir e as algas ficarem praticamente dissolvidas (elas ficam parecendo uma gelatina empelotada).


Textura do molho.


Refogado
Esquente numa frigideira o óleo/azeite. Adicione o alho, abaixe bem o fogo, e frite-o uniformemente até dourar. Adicione a alface picada e a pimenta, envolva-as no óleo com azeite, misture bem e refogue por 3-5 minutos, até que murche e reduza metade do volume.
Não deixe cozinhar demais e ficar amarelada.

Para servir, coloque a alface refogada num prato, cubra com um pouco do molho e salpique sobre tudo um mix de gergelins e bacon de soja.
Comer com hashis dá um toque especial!

Rende 2-3 porções (o molho rende 4-6).


*Tanto os gergelins preto/branco quanto a PTS saborizada (existe sabor bacon, carne, galinha, cebola, ervas...) podem ser comprados na Zona Cerealista, em São Paulo. Eu costumo comprar na loja Cerealista Bom Chá, mas tem outras lojas com bons preços (para fins de informação: pago R$ 7,80 o kg da PTS de bacon). Comprando a granel sai muito mais barato!

Obs.: com a mesma receita, você pode variar fazendo o refogado com acelga ou chingensai! Experimente!

Obs.2: é IMPORTANTE que você faça essa receita na hora de comer! Depois ela fica amarelada, murcha e sem graça, além de perder todos os nutrientes.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ganache DE BANANA

Alguém me explica por que no mundo internético existe ganache de maracujá e de limão, mas não tem de banana?

Vale a pena ler a história desses cupcakes

Ah, outra coisa, universo: até eu que sou leiga em gastronomia sei que "ganache" define o creme de chocolate com creme de leite, e não uma sobremesa completa. Uma receita que leva chocolate, creme de leite, biscoitos, frutas, etc etc, NÃO é um ganache e sim uma torta ou um bolo COM ganache.
Bom, dito isso (ai, que alívio), quero dizer que a minha receita de ganache de banana tem a intenção de ser uma versão mais saudável e saborosa, eliminando o creme de leite. E aí vocês gourmets vão dizer "ai, mas aí não é ganache mimimimimi", mas não importa. O resultado é um creme que faz as vezes do ganache e serve como cobertura e recheio, e a textura (mais firme ou mais cremosa) depende apenas das proporções dos ingredientes. Use 1 parte de banana e 1 de chocolate para um creme mais cremoso e 1 parte de banana para 2 de chocolate para uma ganache mais firme, que não escorre em coberturas de cupcakes e não sucumbe sob o peso de uma camada de bolo. Lembrando que o chocolate amargo ou meio amargo é o mais "duro", e que, consequentemente, acaba deixando o creme mais firme mesmo com a textura "gosmenta" da banana.

Vai aí a receita para o ganache mais cremoso, da forma mais fácil de se medir. Essa fica ótima com sorvete de creme, se você não estiver de dieta, é claro.

My precious!

Você vai precisar de:
1 xícara de purê de banana (o tipo da sua preferência) sem pedaços
1 xícara de chocolate (o tipo da sua preferência) já derretido
Canela e cravo em pó a gosto (opcional)

Como proceder:
Partindo do ponto de que seu purê de banana está bem amassado e sem pedaços e o seu chocolate já está totalmente derretido e homogêneo, misture os dois ingredientes vigorosamente, até ficar homogêneo.
Se for adicionar especiarias, acrescente-as e mexa mais um pouco.
Espere esfriar um pouco antes de usar.

Obs.: para um ganache com "cara" de banana mesmo, o ideal é usar o chocolate branco, que permite que você veja as sementinhas e a cor da banana. Mas particularmente eu acho que o chocolate meio amargo ou ao leite combinam mais com o sabor da banana.

Obs.2: apesar de você ficar livre para escolher o tipo de banana a usar, eu aconselho o uso da banana nanica, que é, na minha opinião, a mais gostosa e ideal pra fazer purês.

Dica: se você for fazer uma quantidade razoável de ganache, você pode fazer o purê de banana em um processador, para garantir a uniformidade dele. O meu processador, pelo menos, não processa quantidades muito pequenas. Mas se você tiver um "mini", pode ser uma ideia também!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Torta de Casca de Abóbora Japonesa


A abóbora "japonesa" dessa receita é aquela de casca grosseira e verde. A nomenclatura varia entre "kabotiã" e "kabotchá", então, como não sei ao certo, fica "abóbora japonesa" mesmo.
Mas antes de vocês ficarem com dó da abóbora porque eu estou chamando ela de casca grossa, devo dizer que a minha última melhor descoberta foi: casca de abóbora cozida é muito bom! É, tipo... uma delícia! Tem um gosto que lembra castanha portuguesa, e mesmo cozida sem açúcar algum, ela tem um sabor peculiar que varia entre adocicado e agridoce. Não dá pra explicar! Apenas cozinhe uma abóbora com casca e experimente. Você não precisa nem adicionar nada: a própria casca pura, cozida, sem sal, em pedacinhos, já serve como um bom appetizer.

Enfim, depois de comer muitos pedacinhos de casca de abóbora, resolvi dar um fim mais nobre à ela e inventei essa torta. A massa é uma versão salgada da massa da torta de maçã: você só precisa tirar o açúcar e em seu lugar adicionar 1 ou 2 colheres de água, de acordo com o ponto da massa. Ela deve ficar maleável e fácil de abrir com as mãos. Distribuindo essa massa no fundo de um refratário, é só fazer o recheio. Fiz tudo absolutamente a olho, então as medidas são aproximadas.
Se você quiser, você pode também fazer tortinhas em forminhas pequenas individuais, ficarão lindas!



Você vai precisar de:
Cascas de 1/2 abóbora japonesa cozida*
500ml de leite desnatado
1 colher (sopa) margarina
1 colher (sopa) farinha de trigo
2 colheres (sopa) queijo parmesão ralado
2 colheres (sopa) requeijão cremoso
1 colher (sopa) cheia de amido de milho dissolvido em 2 colheres (sopa) de água
Alho frito
Queijo prato/mozzarella
Salsa, manjericão e cebolinha frescos
Sal, pimenta e noz-moscada a gosto

Como proceder:

*Na verdade, tudo começa quando você cozinha a abóbora. Não tem segredo nenhum: lave a abóbora, retire as sementes (mas se quiser, pode retirar só depois de cozida).
Coloque dentro de uma panela de pressão com 1 dedo de água no fundo.
Não adicione sal, tempero, nada.
Cozinhe a abóbora inteira na pressão por aproximadamente 20 minutos (depois de começar a chiar).
Espere sair a pressão e esfriar.
Cheque com um garfo se a abóbora está macia.
Retire a abóbora da panela, e comece a "cavar". A sensação é a de manipular um mamão papaia, a textura é parecida e o que você vai fazer é o mesmo: tirar a "polpa" e deixar uma camadinha fina de casca.
Se você não conseguir tirar toda a parte amarela da abóbora, tudo bem. Um pouquinho de abóbora na parte de dentro da casca deixa ela mais "cremosa", acredite.
Estando a casca vazia, oca, você pode cortar em tirinhas, cubinhos, ou simplesmente partir em pedaços brutos com as mãos. Foi o que eu fiz.





Recheio da torta
Antes de tudo, vale lembrar que sou péssima com molhos brancos. Mas eu fiz o possível para ele engrossar sem coalhar, e sem precisar adicionar ovo.
Numa panela, derreta a margarina e dissolva nela a farinha, fazendo um creminho. Adicione um pouco do leite e misture bem, até homogeneizar.
Adicione o resto do leite, os temperos, o sal, o requeijão. Misture bem, abaixe o fogo.
Quando o molho começar a ferver, adicione o amido de milho dissolvido em água e mexa instantaneamente.
Adicione os queijos, se quiser, sem parar de mexer.
Coloque as ervas frescas somente quando o molho já estiver bem consistente.
Se necessário, acerte o sal.
Reserve.
Sobre a massa da torta ainda crua, distribua as cascas de abóbora. Eu piquei em pedaços grossos, mas você pode amassar ou picar bem picadinho, para o molho penetrar mais entre as cascas. Se você tiver cozinhado a abóbora sem sal, é bom salpicar um pouco de sal sobre elas.
Quando o molho já estiver mais frio, despeje sobre as cascas de abóbora.
Se você quiser, você pode colocar antes do molho algumas fatias de queijo.


Acerte a aparência do molho, alisando com uma colher e nivelando-o.
Polvilhe queijo ralado por cima, e leve ao forno pré-aquecido na temperatura mais baixa (no meu forno é 200°C) e deixe gratinar por 40-55 minutos. Quando o molho estiver dourando, desligue o forno.
Espere a torta esfriar um pouco antes de cortar, pois, do contrário, o molho vai escorrer e o recheio vai ficar todo desmanchado.